Formação DIN Ladrão da inocência

No passado dia 19 de fevereiro decorreu a formação online “Ladrão da Inocência”, organizada pelo DIN (Departamento Infantil Nacional da CADP). Esta formação foi direcionada para pais, avós, professores de Escola Dominical, professores de EMRE, superintendentes de Escola Dominical, pastores, educadores e público em geral e contou com cerca de 450 inscrições.

A evangelista Maria Paulino deu início à formação, fazendo menção de que estavam oito países representados. Após as boas-vindas a todos os participantes foram apresentadas as formadoras Rute Antunes, Tânia Pinto e Isabel Lopes; seguindo-se uma oração.

A irmã Tânia explicou que, assim como a criança está recetiva ao Evangelho, está recetiva a tudo o resto. Seguiu-se a apresentação de uma série de estratégias usadas pelo “ladrão” para alcançar as crianças: desenhos animados e filmes, nos quais se pode ver grande ênfase a referências sexuais, insultos, mau comportamento, pornografia explicita, feitiçaria, possessão demoníaca, violência extrema, falsos deuses, reencarnação, vodu, tarot, bruxaria, maldição vs bom comportamento e espíritos malignos. Posto isto, a irmã Tânia alertou para que nos sentemos com os nossos filhos a ver o que eles veem. É de extrema importância protegermos as nossas crianças e não deixar que este mundo avance com as suas ideologias no coração das mesmas.

A irmã Isabel Lopes veio falar-nos sobre os jogos online, youtubers e das redes sociais. Iniciou a sua apresentação mencionando os riscos e perigos para as crianças quando estas não estão a ser acompanhadas no mundo virtual. Vírus no computador, hackers, dependência, exposição a estranhos e violência foram alguns dos malefícios apresentados aos quais as nossas crianças podem estar expostas. Os jogos criam dependência, causando transtornos físicos, mentais e espirituais, provocando prejuízos na saúde das nossas crianças. Consequentemente, Deus passa para segundo plano: “o que se leva para os meninos estarem sossegados no tempo de culto? Levamos um telemóvel ou tablet, assim eles não perturbam o culto, e o culto também não os perturba.” A irmã Isabel realçou os aspetos positivos da internet, como maior comunicação, partilhar Jesus, mais informação, contudo, também há aspetos negativos como por exemplo acesso a conteúdos de cariz sexual e violentos, entre outros conteúdos nocivos. Por fim, foi-nos alertado para o que os meninos fazem nas redes sociais. Muitos deles alimentam-se de likes e seguidores. Precisamos de estar alerta para o cyberbullying (perseguição nas redes sociais). Como estamos a agir na nossa casa? Esta foi a pergunta deixada pela nossa irmã para nos levar a refletir e redefinir, se necessário, as nossas ações.

Por fim, a irmã Rute Antunes, deu-nos algumas ferramentas para o nosso plano de ação. Fomos instruídos de que a idade legal para aceder às redes sociais é a partir dos 13 anos, no entanto, as crianças que ainda não tenham idade, elas irão arranjar forma de ter uma conta nas redes sociais. As que já têm, é importante serem acompanhadas e se possível agregar a conta da criança à de um adulto para estarmos por dentro do que vai acontecendo e do que ela está a ver. Podem ser ainda usadas as ferramentas de controlo parental juntamente com o supervisionar. Não vamos facilitar, dizer que confiamos na criança e não vigiarmos, só estamos a facilitar e não a proteger. Os pais são os responsáveis espirituais pelas crianças. O que estamos a fazer quanto à vida espiritual das nossas crianças? É necessário rever as nossas prioridades e estabelecer quais as prioridades certas. “Ensina o menino no caminho em que deve andar…” (Provérbios 22:6), foram das últimas palavras que a irmã Rute nos deixou, referindo o papel importante de cada pai e mãe no ensino das coisas de Deus a cada menino e menina para eles se prepararem para nadar neste mar e não serem afogados. Cuidemos dos nossos filhos.

Isabel Guimarães
Assessora DIN
AD Aveiro